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21-02-2005

Paulo Portas deixa liderança do CDS no rescaldo da noite eleitoral


Eleições

à beira das lágrimas, Paulo Portas demitiu-se hoje da liderança do CDS/PP, considerando-se derrotado nas legislativas.

"Acho que terminou o ciclo político em que presidi ao CDS/PP", afirmou Portas numa declaração de reacção aos resultados eleitorais.

O CDS/PP passou de terceira para quarta força mais votada nas eleições, com 7,3 por cento dos votos, longe dos 10 por cento pedidos por Portas na campanha eleitoral.

Paulo Portas, que liderava o partido desde 1998, justificou a demissão considerando que "o povo português detesta a conversa das vitórias morais" e reconhecendo que falhou todas as metas traçadas para estas legislativas: atingir os 10 por cento de votos, manter o CDS-PP como terceira força política, conseguir a vitória do centro- direita e impedir uma maioria absoluta de qualquer partido.

"Dos quatro objectivos que tracei, falhei os quatro. Quero assumir a responsabilidade pessoal por este resultado, porque considero que o partido me deu todas as condições para disputar estas eleições", declarou.

Paulo Portas apontou também como uma derrota e um motivo para a sua demissão o resultado obtido pelo Bloco de Esquerda, argumentando que em "nenhum país civilizado do mundo a diferença entre os trotskistas e democratas-cristãos é de um por cento".

O líder demissionário do CDS-PP prometeu convocar para "tão cedo quanto possível" um congresso para decidir a sua sucessão e deu a entender que se manterá no partido, afirmando que não abandonará a "casa".

"Nunca estive agarrado ao poder e não quero por um segundo que algum português possa pensar isso", justificou.

à beira das lágrimas, Paulo Portas invocou Deus no momento da saída.

"Pedi sempre a Deus que me fizesse ver o tempo em que devia sair, em que um ciclo termina, e não devia ficar nem mais um segundo.

Terminou o ciclo político em que presidi ao CDS durante sete anos", disse.

No entanto, Paulo Portas prometeu ao partido que "pode continuar a contar com ele".

"O CDS-PP já teve presidentes que o abandonaram - esta é a minha casa e jamais a abandonarei", garantiu.

Sobre a sua sucessão na liderança do CDS, Portas garantiu que vai gerir a situação com "isenção e sossego" mas considerou que o partido "tem certamente valores por onde escolher".

"Se souber fazer as coisas bem, ficará bem", disse, acrescentando que colaborará com "a próxima direcção do partido" nos exactos termos em que esta quiser.

Apesar de recebido com gritos "Portas, Portas", o líder do CDS entrou na sala visivelmente consternado e decidido a assumir a derrota.

"O povo português detesta vitórias morais ou limitação de danos (Ó) O resultado do CDS-PP não é objectivamente um bom resultado", afirmou o líder dos democratas-cristãos.

Portas lembrou, de passagem, que estas eleições foram disputadas a meio da legislatura e que o partido só perdeu dois deputados mas não esqueceu que PSD e CDS-PP somaram apenas 36 por cento.

"Isto significa o resultado mais fraco desde que há eleições legislativas em Portugal", afirmou.

Portas deixou também uma palavra de solidariedade ao PSD - parceiro de coligação governamental durante três anos - e ao seu presidente Pedro Santana Lopes.

"Quero dar-lhe uma palavra de amizade neste momento", disse o líder do CDS, que revelou também já ter telefonado a felicitar o secretário-geral do PS, José Sócrates.

"O PS ganhou as eleições e com uma maioria absoluta que em 30 anos de democracia nunca antes obtivera", afirmou.

Com uma última palavra para os jovens que acompanharam a sua campanha, Paulo Portas saiu da sala sem responder a perguntas e deixou um ambiente de desolação e alguns dos apoiantes a chorar.

De acordo com fonte do partido, a decisão de Paulo Portas já estava a ser ponderada desde as 20:00, altura em que foram conhecidas as projecções televisivas.

No balanço da noite, o CDS-PP passou a quarta força política (com 7,3 por cento dos votos contra 8,75 em 2002) e perdeu dois deputados em relação às últimas eleições, passando de 14 para 12 parlamentares.

O único ganho da noite foi em Viana do Castelo, onde o CDS-PP recuperou o deputado perdido em 2002, mas o partido perdeu o segundo deputado por Aveiro - círculo por onde Paulo Portas é cabeça de lista - o terceiro pelo Porto e o único deputado que detinha por Santarém.

Desta forma, o CDS-PP elege quatro deputados por Lisboa (Telmo Correia, Mota Soares, João Rebelo e António Carlos Monteiro), dois pelo Porto (António Pires de Lima e Álvaro Castello-Branco), um por Setúbal (Nuno Magalhães), um por Aveiro (Paulo Portas), um por Leiria (Teresa Caeiro), um por Braga (Nuno Melo), um por Viseu (Anacoreta Correia) e um por Viana do Castelo (Abel Baptista).


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